O futuro da moradia no Brasil: Tendências, Desafios e Oportunidades

Futuro da moradia no Brasil: 73% sonham com casa própria, 58% buscam estabilidade; modelos como RaaS ganham força.

O mercado imobiliário residencial no Brasil está em transformação. Com a urbanização acelerada e a crescente demanda por moradias acessíveis, o país enfrenta um momento decisivo para redefinir como os brasileiros vivem.

Um estudo recente da Ipsos, o Housing Monitor 2025, realizado com quase 23 mil participantes em 29 países, incluindo o Brasil, revela insights cruciais sobre as aspirações e os desafios habitacionais da população. Aqui, exploramos os principais dados, as tendências emergentes e as soluções que podem moldar o futuro do setor.

Caso queira acessar o estudo, ele está disponível abaixo:

Iframe Responsivo

Sonho da casa própria repaginado

No Brasil, 73% da população sonha em ter uma casa própria, um reflexo claro da valorização cultural da posse de imóveis. No entanto, esse desejo esbarra em barreiras financeiras significativas: 55% temem não conseguir comprar ou manter uma propriedade nos próximos 12 meses.

Entre os locatários, a situação é ainda mais delicada — 49% enfrentam dificuldades imediatas para pagar o aluguel, e 55% preveem uma piora nas condições. Esses números destacam uma pressão crescente sobre o mercado habitacional, agravada pela urbanização em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde a oferta de moradias acessíveis não acompanha a demanda.

Por outro lado, há um clamor por mudança. Cerca de 58% dos entrevistados apontam a necessidade de modelos de habitação que ofereçam estabilidade, segurança e transparência. Esse desejo abre espaço para inovações que vão além da compra tradicional de imóveis.

Mercado em números

O setor imobiliário residencial brasileiro está em ascensão. Segundo projeções da Mordor Intelligence, o mercado deve saltar de USD 62,83 bilhões em 2025 para USD 81,73 bilhões até 2030, com um crescimento anual composto (CAGR) de 5,4%.

Esse avanço é impulsionado por fatores como a busca por sustentabilidade e a integração de tecnologias inteligentes — estima-se que, até 2026, uma em cada cinco casas no Brasil terá soluções de smart home.

Além disso, propriedades de uso misto, que combinam espaços residenciais, comerciais e de lazer, estão ganhando tração, sinalizando uma demanda por soluções integradas.

A solução em meio a mudança

Diante desses desafios, o mercado brasileiro está amadurecendo para soluções inovadoras. A necessidade de estabilidade e transparência está levando ao surgimento de novos modelos de habitação. Um exemplo é o conceito de "Habitação como Serviço" — ou, em português, Residência como Serviço (RaaS).

Diferente do aluguel tradicional, o RaaS oferece contratos flexíveis, serviços integrados (como manutenção e segurança) e localizações estratégicas, atendendo às demandas de diferentes perfis, desde jovens profissionais até famílias em busca de praticidade.

Embora ainda em fase inicial de adoção, esse modelo responde diretamente às prioridades apontadas no estudo da Ipsos. Por exemplo, 48% dos entrevistados valorizam localizações convenientes, algo que o RaaS pode explorar ao posicionar residências em áreas urbanas bem conectadas. Além disso, a transparência nos contratos e a predictability financeira são atrativos para uma população cansada de incertezas econômicas.

Oportunidades para o setor

Para desenvolvedores e investidores, o momento é de adaptação. O crescimento projetado do mercado imobiliário até 2030 oferece um cenário promissor, mas o sucesso dependerá de estratégias que priorizem:

Acessibilidade: Projetos voltados para moradias acessíveis continuam sendo uma necessidade crítica.

Sustentabilidade: Soluções ecológicas, como construção modular e eficiência energética, alinham-se às expectativas globais e locais.

Inovação: Modelos como o RaaS podem capturar a atenção de um público jovem e urbano, que valoriza flexibilidade acima da posse tradicional.

O caminho adiante

O futuro da habitação no Brasil não se resume a construir mais casas, mas a criar soluções que reflitam as reais necessidades dos moradores. Seja através da expansão do mercado tradicional ou da adoção de conceitos como o RaaS, o setor tem a chance de transformar desafios em oportunidades.

Para acompanhar essas tendências de perto, iniciativas como o Terracotta Insider oferecem análises detalhadas e atualizadas.

À medida que o Brasil avança rumo a 2030, uma coisa é clara: entender e atender às expectativas dos moradores será o diferencial para quem quer liderar esse mercado em evolução.

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